Corinthians quer acabar com jejum em clássico no Pacaembu

Terra

Tite conversa com Bruno César em treino. Na sua estreia, o treinador conta com a volta do armador
Foto: Ricardo Matsukawa/Terra

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Em busca da vitória na última edição de 2010 do clássico de maior rivalidade do futebol paulista, Corinthians e Palmeiras apresentam armas distintas, mas com poder "mortal" em um piscar de olhos. Enquanto o corintiano aposta suas fichas no oportunismo de Ronaldo, o palmeirense esfrega as mãos ao pensar em uma falta - de perto ou até de meia distância - para o preciso Marcos Assunção finalizar.

A dupla apresenta a semelhança na idade - ambos estão com 34 anos. Na forma física, contudo, Ronaldo já não tem o mesmo fôlego e agilidade de Marcos Assunção. Ainda assim, no retorno aos gramados diante do Guarani depois de um mês e meio, o Fenômeno provou que ainda é um perigo para qualquer defesa.

"É difícil marcar o Ronaldo, precisa ter o máximo de atenção, ficar perto nas jogadas. Ele fez dois gols em Campinas, pelo menos um deles não estava impedido. É um atleta especial, o maior jogador que já vi jogar", define o atacante Kleber.

Do lado corintiano, o cuidado para evitar chances a Marcos Assunção é o mesmo. Durante a semana de preparação, o técnico Tite deu uma atenção especial ao posicionamento da defesa alvinegra em bolas paradas. Afinal, nas faltas, o volante palmeirense pode chutar direto ou buscar uma assistência.

"O Marcos Assunção tem essa especialidade, jogamos juntos no Barueri. Devemos tomar cuidado, a gente sabe que ele bate bem, então tem que evitar fazer falta", aconselha o volante Ralf.

Através de seus arremates certeiros, Assunção já alcançou a terceira posição entre os artilheiros do Palmeiras no Campeonato Brasileiro, com seis gols, atrás apenas dos atacantes Kleber e Ewerthon. Ele considera a sua precisão fruto dos treinos, mas acredita que já viveu uma fase melhor na carreira.

"Quando eu jogava no Betis, eu tive um momento superior. No momento em que saía uma falta na entrada da área, a torcida espanhola já sabia que era gol", diz Marcos Assunção. "Eu confio muito em mim. Ao chegar para jogar pelo Prudente, eu sempre falei que voltaria a um time grande em três meses", emenda.

Porém, embora a qualidade de Ronaldo e Marcos Assunção seja indiscutível, o clássico está aberto a ser definido por um outro herói. "O Palmeiras não tem só o Assunção. Tem o Valdívia, o Kléber. E nós contamos jogadores de qualidade para decidir também", pondera o meia Bruno César, vice-artilheiro do Campeonato Brasileiro, com 11 gols.