Inimigos históricos fazem pacto no Palmeiras

Rivais políticos históricos no Palmeiras, Mustafá Contursi e Gilberto Cipullo selaram um pacto. Eles almoçaram juntos e combinaram a postura a ser adotada se o grupo de um dos dois vencer a próxima eleição. Ficou acordado que, neste caso, o novo presidente terá apoio de seus aliados para nomear gente do grupo rival para cargos em sua diretoria. Ninguém poderá vetar um nome por causa da briga política. Ou seja, se o próximo presidente for da ala de Mustafá poderá chamar alguém do grupo de Cipullo para ser diretor, ignorando a rejeição ao grupo rival. “Mas não se trata de negociar cargos antes da eleição. Isto seria troca de votos. O que fizemos foi garantir que o futuro presidente tenha libertade para escolher quem ele achar competente, independentemente de ala política”, disse ao blog Mustafá. “Estamos tentando pacificar o clube. Se conseguirmos essa pacificação, o Palmeiras vai crescer. Do jeito que está, o próximo presidente não vai ter maioria no COF, não vai conseguir administrar o clube”, afirmou Cipullo. Numa projeção do que o acordo pode significar, a vitória de um aliado de Mustafá poderia representar a volta de Cipullo ao futebol. O problema é o jeito de administrar. Mustafá gosta de times baratos. E Cipullo acredita que para ganhar títulos é preciso gastar mais. Por diferenças como estas, eles descartam lançar um candidato em conjunto. Mas, um deles pode desistir de lançar concorrente à presidência. A ideia dos dois é chamar mais alas para conversar. “Menos os que estão aí agora”, falou Mustafá, referindo-se a Salvador Hugo Palaia, Antônio Carlos Corcione, Fábio Raiola e Luiz Gonzaga Belluzzo, presidente-licenciado, entre outros que estão no poder. A aproximação dos dois grupos mais antagônicos dentro do Palmeiras era temida por gente ligada a Belluzzo desde o dia que Palaia afastou Cipullo do futebol ao assumir a presidência interina. Blog do Perrone