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Kleber, exclusivo: 'Às vezes, dá vontade de largar o braço' Antes 'doidão', Gladiador diz que hoje se controla em prol do Verdão e afirma que não pensa em sair do clube um dia


Kleber do Palmeiras. (Foto: Eduardo Viana)Kleber posou para a reportagem do LANCENET! na última quinta (Foto: Eduardo Viana)
Lancenet
Kleber conquistou a torcida do Palmeiras em 2008, quando estava "esquecido" no Dínamo de Kiev (UCR), voltou para o Brasil, foi campeão paulista e também ficou marcado por indisciplina e temperamento.
Hoje, dois anos depois, a meta é conquistar outro título e jogar a Libertadores de 2011 pelo Verdão.
A vontade de vencer e o empenho são os mesmos do passado. Os meios para conseguir os objetivos, no entanto, são distintos. Kleber luta contra si quando se irrita em campo e tem vontade de explodir. Tudo para não prejudicar o time.
– Em 2008, eu não sabia onde eu estava, sei lá, meio doidão (risos). Às vezes, perdia um pouco da noção – revelou o atacante, que atendeu aoLANCENET! por quase uma hora na última quinta-feira.
Até dentro do vestiário Kleber conta que já passou do limite.
Neste domingo, contra o Corinthians, ele volta ao time no Brasileirão após uma expulsão, a primeira desde a volta, diante do Botafogo.
O cartão vermelho, aliás, o levará ao STJD de novo na próxima quarta: pena máxima de 18 jogos de gancho.
Expulsão que considera injusta. Alguns árbitros irritam o Gladiador, que chegou até a pensar em encerrar a carreira daqui a cinco anos, quando vence seu contrato. É cedo para decidir. E neste domingo, tem clássico!

LANCENET!: A sua volta ao Palmeiras sempre foi um desejo seu e do clube. Hoje, a equipe melhorou. Mas o início ruim o fez ficar desanimado?
KLEBER: Sabia que seria difícil no começo, que teria dificuldades. Vim ciente de tudo que eu iria encontrar aqui. Nunca passou pela cabeça querer largar, voltar atrás. Sempre passou a vontade de o mais rápido possível melhorar, sair daquela situação que a gente estava.
LNET!: Você ajudou o Palmeiras a ir à Libertadores em 2008, mas só jogou o torneio pelo Cruzeiro (2009 e 2010). Ficou algo em aberto?
K: É meu objetivo. Equipes grandes têm de buscar jogar os maiores campeonatos. O Palmeiras tem de começar a ter isso como objetivo, jogar todo ano a Libertadores, é mais ou menos o que o Cruzeiro vive há uns quatro ou cinco anos, o São Paulo também. O objetivo é estar sempre na Libertadores.
LNET!: Seu contrato é de cinco anos. Pensa em carreira longa no clube ou voltar à Europa é um plano?
K: Não penso em sair. Já cheguei a falar com algumas pessoas de jogar meus cinco anos aqui e parar. O futebol realmente cansa muito, muita pressão, desgaste. Hoje a gente fala isso, mas não sei, as coisas mudam. Mas meu pensamento hoje é ficar no Palmeiras. Lógico que se houver uma coisa que é boa para mim, para o clube, aí a gente pode pensar. Já fiquei alguns anos fora e não penso em sair. O que faz mais diferença para mim é ficar perto das minhas filhas aqui.
LNET!: Parar de jogar novo, só daqui a cinco anos? Fale mais sobre isso...
K: Já pensei nisso, sim. Mas isso é hoje. De repente, as coisas mudam. Um desgaste ou outro faz você pensar assim, mas depois as coisas mudam e pensa diferente.
LNET!: Se você só jogasse no Palmeiras até o fim, ficaria satisfeito?
K: Satisfeitíssimo. Eu tive uma passagem muito boa pelo Cruzeiro, tenho um carinho muito grande pelo clube. Às vezes, fico meio triste de ter saído de lá naquele momento, poderia ter ficado um pouco mais. Eu penso a cada dia na Libertadores que perdi pelo Cruzeiro (na final, em 2009) e isso me machuca até hoje. Agora estou no Palmeiras, é o clube que amo, que gosto. Peguei um amor grande pelo Cruzeiro também. Se tivesse de sair do Palmeiras hoje, só seria para o Cruzeiro. Não me vejo fora do Palmeiras, mas saindo, só no Cruzeiro.
LNET!: Você falou que o futebol cansa muito. O que o tira do sério?
K: Tem milhões de coisas: comentários, às vezes os árbitros. Tem umas arbitragens que são ridículas. Você é expulso em um lance que um outro faz e não é expulso. Você pensa que fica marcado. Tem o dia a dia do clube, tem problema interno e você pensa como um clube tão grande tem problemas assim. As pessoas pensando individualmente ao invés de pensar em uma nação. São coisas que desgastam demais.
LNET!: O Palmeiras é politicamente conturbado. Você fala disso?
K: Nessa última, aconteceu de o nosso presidente (Luiz Gonzaga Belluzzo) ter um problema de saúde. É normal, isso é aceitável. Não tem o que falar. Mas a gente sente que às vezes tem alguns problemas que nos deixam chateados: atraso de salários, não só aqui, em vários clubes. Isso é lamentável, o cara trabalha, tem de receber. Você vê desgaste, jogadores que ficam chateados e querem ir embora. Isso só atrapalha, fica triste. Coisas chatas.
NR: Palmeiras ainda deve um mês de direitos de imagem. Dois atrasados já foram pagos. Problema é frequente nos últimos anos.
LNET!: Quais situações destas ruins você encarou só no Palmeiras?
K: Não só aqui. Já tive também problemas assim de não receber e o cara ficar meio chateado. De o cara ficar puto por conta do bicho e só reclamar durante a semana, esquecendo também que o jogo é mais importante, jogo de Libertadores ou de Brasileiro valendo vaga na Libertadores. E ele preocupado com salário e esquece do jogo. É lógico: trabalhou, tem de receber! Mas são briguinhas que às vezes a gente fica meio puto e dá vontade de largar.
NR: No Cruzeiro, houve conflitos internos antes da decisão da Copa Libertadores de 2009.
LNET!: Você já passou do limite no vestiário por achar que um determinado jogador não estava correndo?
K: Já tive problemas, sim, no vestiário e não fico feliz por isso. Pelo contrário, fico chateado porque a vontade de ganhar é tanta que às vezes passamos do limite. Toda vez que ocorreu eu pedi perdão para os jogadores, mas já tive problemas.
LNET!: Hoje, você controla isso?
K: É difícil falar. Depende muito. A vontade de ganhar é tanta que às vezes eu perco um pouco a noção do que pode, do que não pode, até onde pode ir. Você está lá dentro do campo vendo que as coisas não estão dando certo e pede para fazer e o cara não faz. Sei lá, você perde um pouco da noção, então depende muito da situação do momento.
LNET!: Em relação aos adversários, você tem se comportado melhor. O que mudou na disciplina?
K: O principal é saber minha importância. Hoje eu sei mais disso. Em 2008, não sabia onde eu estava, sei lá, meio doidão (risos). Às vezes, eu perdia um pouco da noção. Hoje a gente sabe da importância que tem no clube, para as pessoas, na carreira. É saber que tenho objetivos e com aquele comportamento não conseguiria alcançá-los. Então prejudica a equipe, os companheiros. Em 2008 não pensava muito nisso. Comecei a mudar no Cruzeiro e tenho mudado a cada dia.
LNET!: No jogo contra o Avaí, um zagueiro ficou provocando você o jogo todo. Achamos que iria dar problema. Até o goleiro foi para cima de você depois, no lance do pênalti. Dá vontade de revidar?
K: Dá vontade, sim. Às vezes dá vontade de largar o braço, apelar, mas aí é hora de saber a importância que você tem. Em 2008 eu não pensava assim. Eu pensava "ah, vou dar" e dava mesmo. Não queria nem saber das consequências. Eu tinha muito problema com isso, sofri muito com isso. Hoje, se for expulso, penso que meus parceiros vão ficar com dez em campo, vão sofrer pressão, podem perder por conta disso, vou para o STJD, vou ser punido. É saber isso, da importância que tem e do quanto você pode se prejudicar.
LNET!: Com a evolução do time, como está sua motivação atualmente?
K: Quando cheguei, o que mais ouvia era que o Palmeiras lutaria para não cair. Você vê que já mudou tudo, o pensamento agora é a Libertadores, de repente o título da Sul-Americana. A gente conseguiu conquistar a confiança da torcida, faz com que ela volte a se animar.
LNET!: Nesta semana do clássico, o que mudou na sua rotina?
K: Não muda muito, não. Lógico que é um jogo diferente, especial, mas minha rotina de semana continua a mesma. Se ganha, a semana é boa. Se perde, é um problema. Tudo muda, principalmente, depois do jogo.
LNET!: Você é o capitão atual. Felipão é o técnico que esperava? Como é o relacionamento entre vocês?
K: Excelente. Eu conhecia só de ouvir. E é o que falavam mesmo. É um treinador diferente, especial, sabe lidar com o grupo no dia a dia.
LNET!: Por que você virou capitão?
K: Acho que pela vontade de ganhar eu acabo falando um pouco mais no vestiário. De repente isso mostre uma liderança. Tento entender o que está acontecendo no jogo. Pela identificação com o clube, torcida, acho que isso fez com que ele optasse por mim. Fico muito honrado.
LNET!: Ser campeão no Palmeiras ou jogar a Copa-2014? O que poderia deixar você mais feliz no futuro?
K: Eu imagino que a Copa deve ser algo de outro mundo. É um objetivo, um sonho que vou buscar, dá tempo de correr atrás e vou correr. Mas ganhar um titulo pelo Palmeiras é inexplicável. Ganhei um Paulista e senti o que é, você sai na rua e todo mundo comenta, come de graça em restaurante. Não vejo a hora de ganhar outro título e comer de graça (risos). Imagine ganhar um Brasileiro, uma Libertadores, esse é meu pensamento agora...

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Destaque

Marcos
Nome completoMarcos Roberto Silveira Reis
Clube atualPalmeiras
PosiçãoGoleiro
Data de nascimento04/08/1973
NacionalidadeBrasileira
Local de nascimentoOriente (SP)
Altura1,93m
Peso90kg
EstréiaPalmeiras 4 x 0 Botafogo-RJ

Destaque

Marcos Assunção
Nome completoMarcos dos Santos Assunção
Clube atualPalmeiras
PosiçãoVolante
Data de nascimento25/07/1976
NacionalidadeBrasileira
Local de nascimentoCaieras (SP)
Altura1,78m
Peso78kg
EstréiaRio Branco 1 x 3 Corinthians, em 1996

Destaque

Valdivia
Nome completoJorge Luis Valdivia Toro
Clube atualPalmeiras
PosiçãoMeia
Data de nascimento19/10/1983
NacionalidadeChilena e venezuelana
Local de nascimentoMaracaibo (VEN)
Altura1,73m
Peso71kg

Destaque

Kléber
Nome completoKléber Giacomance de Souza Freitas
Clube atualPalmeiras
PosiçãoAtacante
Data de nascimento12/08/1983
NacionalidadeBrasileira
Local de nascimentoOsasco (SP)
Altura1,73m
Peso70kg
EstréiaEm 2003, pelo São Paulo