Destaque, Deola afirma: 'Não sou nada perto do Marcos'

Agência Palmeiras
Fábio Finelli

09/12/2010 17h24

Cesar Greco/Ag Palmeiras/Reprodução Proibida

Goleiro atuou no lugar de Marcos

Um dos principais destaques do Palmeiras durante o ano de 2010, o goleiro Deola fez uma análise de suas atuações e do desempenho da equipe na temporada e lembrou da frustração do time não ter conseguido chegar à final da Copa Sul-Americana. O camisa 22 falou das comparações com o goleiro Marcos e, apesar das últimas decepções, acredita em um time mais forte e brigando por títulos no próximo ano. Veja os trechos da entrevista e ouça o áudio completo no final desta notícia: 

Análise do ano 
"Para o Palmeiras o ano foi decepcionante. Não conseguimos alcançar nossos objetivos e acabou sendo uma frustração enorme. Mas pensando pelo lado individual, o ano foi muito bom. Consegui aparecer e suprir as necessidades quando o time precisou. Acho que dei conta do recado quando exigido. O Palmeiras sempre teve uma escola brilhante de goleiros e é sempre mais difícil substituir o Marcos. Ele é referência para todos, mas acho que consegui passar um pouco de tranquilidade e confiança." 

É mais difícil ser goleiro do Palmeiras? 
"Os primeiros jogos sempre são mais difíceis, é difícil estar no mesmo ritmo de jogo dos outros. Você até está treinando, mas não tem sequência. No Palmeiras, as dificuldades são maiores porque as comparações são inevitáveis. É injusto ser comparado com o Marcos por tudo o que ele representa. Ele é um ídolo do Brasil, campeão do mundo, fica difícil comparar. Eu ainda estou procurando meu espaço e não sou nada perto do Marcos. Claro que, com o tempo, vou buscar os meus objetivos e ser alguém pelo clube. Mas o mais importante é que fiz uma temporada muito boa e espero manter essa sequência." 

Projeção para 2011 
"Como atleta do Palmeiras é preciso sempre pensar grande. Quem está aqui vestindo essa camisa precisa pensar grande, independente da ocasião. Em dez anos, não pode se contentar com a conquista de um Paulistão e uma Série B. Na verdade, são títulos que merecem valor, mas é pouco perto da grandeza do Palmeiras. A gente sabe que a torcida cobra e é preciso dar o máximo para 2011 ser diferente. Eu mantenho o otimismo e acho que vamos ser fortes em 2011. Sabemos da carência e da necessidade por novos títulos." 

Episódio envolve ele e a torcida contra o Fluminense 
"De certo modo eu entendi os xingamentos da torcida. Eu quero acreditar que qualquer um teria sido xingado naquela ocasião, que foi o goleiro do Palmeiras xingado, e não o Deola. Acho que a raiva da torcida aconteceu mais em razão da nossa eliminação para o Goiás na Copa Sul-Americana. Foi isso que magoou o torcedor. Na minha vida toda eu sempre tive educação e cheguei até aqui por méritos próprios. Nunca tive ajuda de ninguém e me orgulho por isso. Não iria entrar naquele jogo com o intuíto de entregar. Eu sei da rivalidade que tem entre Palmeiras e Corinthians, mas não queríamos ser humilhados ao ponto de entregar. Isso mancharia nossas carreiras, não seria algo correto. Acho que a torcida me reconheceu dessa forma e acredito que aquele acontecimento tenha sido algo isolado." 

Mensagem de Natal e Ano Novo para a torcida 
"É difícil falar num ano ano de paz e alegria, mas espero que a torcida descanse, reflita sobre o que vai acontecer, mas acredite num ano de esperança. Vamos tentar descansar a cabeça para que em 2011 a gente entre renovado e com chances reais de conquistar o título. Que a torcida continue do nosso lado e acreditando." 

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