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Enquanto o mercado de contratações segue agitado para 2011, o Palmeiras passa por uma turbulência política, já que em janeiro ocorrerá a eleição para definir o próximo presidente. O atual, Luiz Gonzaga Belluzzo, tenta unificar a situação. Entretanto, não obteve sucesso no encontro com os candidatos Salvador Hugo Palaia e Paulo Nobre, segundo o blog do Birner.
Do outro lado, a oposição admite que o próximo pleito é o mais favorável desde que Mustafá Contursi deixou o poder em 2004.
“Não existe eleição fácil no Palmeiras. Nessa estamos aparentemente melhor postados. Nosso grupo obteve 123 votos nas duas últimas eleições. Pode ter acontecido um crescimento, porque a situação não é das mais felizes no clube hoje em dia”, completou Frizzo.“Em tese, o pessoal que votou junto no Belluzzo optará uma parte pelo Palaia e outra pelo Paulo Nobre. Se forem 120 votos, pode virar 80 e 40 para o grupo deles. Para nós, o risco é menor, porque estamos juntos há muito tempo”, declarou Roberto Frizzo, candidato derrotado nas duas últimas eleições. Na próxima, ele optou por ser o vice de Arnaldo Tirone Jr., favorito para vencer nas urnas.
Nos bastidores, surgiu a hipótese de que a oposição também sofreria um racha e teria dois candidatos. Sergio Pellegrini seria lançado pelo grupo Vanguarda Verde.
Frizzo descartou. “Possibilidade zero de acontecer. Isso está com cara mais de protesto. O Sergio é apolítico, um torcedor, fundador da TUP, dirigente da Mancha, um torcedor passional, quase com um coração de criança. Ele está comigo, é meu irmão.”
A tentativa de Belluzzo
Na última segunda-feira, Beluzzo recebeu as visitas de Palaia e Nobre. Propôs que ambos participassem de eleições primárias para ver quem seria o candidato a sucedê-lo. Não houve acordo. Nobre ressaltou que pretende se manter como uma terceira via no Palestra Itália.
Conforme noticiou o blog do Birner, a intenção de Belluzzo é evitar a vitória de Arnaldo Tirone Jr., apoiado por Mustafá Contursi. O atual mandatário acredita que a escolha de Tirone devolverá plenos poderes a Mustafá.
Paulo Nobre e Palaia prometeram evitar troca de acusações mais duras, justamente para não beneficiar Tirone. Uma união entre eles ainda não está descartada, embora a oposição considere quase impossível.
“Pelo que já vêm pregando ambos os candidatos há algum tempo, de fato eu os enxergo como água e óleo, uma difícil mistura porque apresentam objetivos diferentes. Qualquer casamento que houvesse seria coisa de oportunismo eleitoreiro e até enfraqueceria os dois. Acho que foi coerente cada um permanecer conforme seu pensamento”, ponderou Roberto Frizzo.
O UOL Esporte tentou entrar em contato com Salvador Hugo Palaia e Paulo Nobre, porém ambos não atenderam as ligações.
Dias antes do almoço com Belluzzo e Nobre, Palaia havia afirmado ao jornal O Estado de S. Paulo: “Primeiro eu gostaria de saber quem é Paulo Nobre. Qual a história dele no Palmeiras? Receberia com gosto um apoio do Paulo Nobre, mas sem oferecer cargo, porque ele foi deselegante comigo.”
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