Guilherme Cardoso e Thiago Salata
Publicada em 17/12/2010 às09:06
São Paulo
Publicada em 17/12/2010 às09:06
São Paulo
Política conturbada, limitação financeira e uma diretoria de futebol ainda inexperiente, garantida só até 17 de janeiro, data da eleição.
Luiz Felipe Scolari está ciente dos problemas. Mas sabe que o mais cobrado, quando a bola rolar, será ele mesmo. Por isso, o técnico está participando de forma intensa na busca por reforços para 2011.
O trabalho de Scolari está indo além da ajuda à diretoria, ou de algumas ligações para jogadores, ação comum aos treinadores de futebol nos dias de hoje. De férias em São Paulo, Felipão está indo quase que todos os dias à Academia e participando, inclusive, de reuniões com agentes e intermediários.
O técnico assumiu a função de diretor, ao lado do supervisor Galeano, seu braço direito, e do diretor de futebol, Wlademir Pescarmona.
– Estamos discutindo a situação que envolve alguns jogadores, recebendo a visita de algumas pessoas para que possamos discutir nomes e possibilidades – disse o técnico.
A questão é que Felipão está sentindo na pele a dificuldade para contratar. Antes das férias, as primeiras como técnico no Brasil após oito anos, ele imaginava que seria mais fácil contratar, principalmente na base das trocas de jogadores.
– Quando nós procuramos um contato para saber sobre o Jobson, algo sobre tentativa de empréstimo ou troca, a primeira coisa que nos foi solicitado foi um valor financeiro – analisou o palmeirense.
– O Inter falou em troca com o nosso volante Edinho. Tudo bem, podemos até pensar, mas primeiro pensaríamos num valor financeiro. Agora, se querem realmente trocar, então a gente pode pensar em D'Alessandro, Kléber, Guiñazu, Giuliano... – ironizou Scolari.
O Colorado ofereceu Marcelo Cordeiro e Danny Morais pelo volante. Se Alecsandro entrar no negócio, Felipão poderá aceitar.
Pessoas próximas à diretoria também avaliam que Felipão, pelo tempo que passou longe do país, tem sofrido pela falta de conhecimento dos jogadores no Brasil.
Scolari seguirá nas negociações até o início da próxima semana. A partir do dia 22, ele deve viajar e manter contato telefônico com Galeano e Pescarmona por reforços.
Técnico admite 'novo' problema
Luiz Felipe Scolari reconheceu que está encontrando problemas para contratar que não eram tão comuns nos anos 90, no seu auge dentro do país.
– O problema é a questão de valores, envolve situações que estão trabalhando com percentuais, 20% de um clube, 30% de investidores, 40% de outro... Precisa ter uma composição, é uma série de detalhes que dificulta a contratação de reforços, mais difícil que há alguns anos – afirmou o palmeirense.
Maikon Leite, nome preferido para o ataque, é alvo complicado por divergências de empresários. Agora, o Santos diz que não pretende negociar o atacante. Uma opção simples e já consultada pela diretoria é Éverton Santos, do Goiás.
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