Da Folhapress
Em São Paulo
Em São Paulo
Criado há um ano, o G4, que pretendia unir os quatro grandes clubes de São Paulo, ainda engatinha. Os projetos -comerciais, esportivos, de marketing- anunciados no dia 9 de dezembro de 2009 por cartolas de Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo não saíram do papel.
O evento de um ano atrás serviu para celebrar contrato com a Femsa, que fabricaria latas da cerveja Kaiser com os escudos dos clubes. À época, dirigentes do G4 divulgaram que a cervejaria pagaria R$ 8 milhões (R$ 2 milhões para cada clube), mais percentual sobre as vendas.
Até agora, as latas não foram fabricadas, e os clubes não receberam o dinheiro. ‘A venda da Femsa para a Heineken atrapalhou os planos’’, disse José Carlos Peres, diretor-executivo do G4. A aquisição ocorreu em 11 de janeiro, por US$ 7,6 bilhões.
Segundo Perez, as latas serão vendidas a partir de janeiro. Também em janeiro, diz, a empresa vai pagar os clubes pelo primeiro dos cinco anos de contrato. Segundo a Heineken, não há previsão do lançamento das latas. A cervejaria informou que a marca usada na campanha será mesmo a Kaiser e que o contrato com o G4 está sendo cumprido normalmente.
Os projetos esportivos do G4 tampouco se tornaram realidade. O grupo planejava fazer amistosos durante a Copa, mas não houve datas. O diretor de marketing do Palmeiras, Rogério Dezembro, diz que o G4 trabalhou em silêncio ao longo de 2010. ‘De fato, não houve eventos públicos, mas nos reunimos muito e trocamos e-mails.’’
Ao mesmo tempo em que projetos conjuntos ainda custam a sair do papel, a rivalidade entre dirigentes dos quatro clubes se acirra. Na reta final do Brasileiro, o diretor de futebol do Palmeiras, Wlademir Pescarmona, sugeriu que seu time perdesse por WO (desistência) para o Fluminense, para não ajudar o Corinthians, que tinha chance de título.
‘Isso não atrapalha em nada’’, rebate Peres, ex-dirigente do Santos. Para ele, o G4 não fez mais porque ainda é muito novo. ‘Não gastamos um centavo em propaganda, por isso ninguém conhece nosso trabalho’’, justifica. ‘Em 2011 isso vai mudar.’’
Padre
Há um ano, o G4 e a Femsa contrataram o padre Marcelo Rossi para prestigiar o evento. Em entrevista coletiva, ele não foi contra a venda de bebidas alcoólicas nos estádios brasileiros, proibida em São Paulo desde 1996 e no resto do Brasil desde 2008.
Há um ano, o G4 e a Femsa contrataram o padre Marcelo Rossi para prestigiar o evento. Em entrevista coletiva, ele não foi contra a venda de bebidas alcoólicas nos estádios brasileiros, proibida em São Paulo desde 1996 e no resto do Brasil desde 2008.
‘As bebidas fermentadas [caso da cerveja] são toleradas pela igreja. O problema está nos destilados’’, declarou Rossi na época.
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